REPORTER: Thiago
Slobosk
DATA: 28/10/2011
Na manhã de hoje povos indígenas e movimentos como
anti-barragem e Xingu vivo para sempre, interditaram a rodovia que liga
Altamira / Marabá, o objetivo é chamar a atenção das autoridades para as
problemáticas enfrentadas na região Transamazônica e Xingu na tentativa de
paralisar as obras da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
A interdição da rodovia teve inicio depois que um pedido de vista da
desembargadora Maria do Carmo Cardoso adiou mais uma vez, na última
quarta-feira, a decisão da Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª
Região sobre a continuidade da construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio
Xingu. O julgamento teve empate, com um voto contra e outro a favor da usina. O
tribunal analisa recurso do Ministério Público Federal no Pará contra decreto
de 2005 do Congresso Nacional que autoriza a construção da usina. Os
procuradores apontam pressa na aprovação da medida, o que teria impedido
consultas obrigatórias às comunidades indígenas atingidas pela obra. Cerca de
700 pessoas entre cerca entre indígenas, ribeirinhos, pescadores, e integrantes
de movimentos sociais ocuparam na madrugada de ontem o canteiro de obras da
empresa CCBM que fica localizado no
quilômetro 50, perto da comunidade conhecida como Santo Antônio com faixas e cartazes os manifestantes pedem o
fim do projeto da construção da Usina. No trecho que estava bloqueado ninguém
conseguia passar, o doutor Francisco Renée de Vitória do Xingu tentou cruzar a
rodovia para pegar uma Ambulância que seria utilizada para dar apoio ao
protesto mais impedido por um dos representantes dos movimentos.
Os indígenas durante a manifestação faziam apresentações,
demonstrando que estavam dispostos a lutar pelos direitos dos nativos.
A manifestação foi pacífica, agentes da polícia Rodoviária Federal
estiveram no local, para garantir que não houvessem alterações. Raimundo Braga
é ribeirinho, pescador e fala das dificuldades já enfrentadas na região por
causa do projeto da construção da Usina de Belo Monte.
Motoristas foram os principais afetados no bloqueio da rodovia,
muitas famílias tinha que fazer a travessia a pé.
Lazaro Verçosa é representante do movimento Xingu Vivo para
sempre, segundo ele os recursos utilizados para o protesto são recursos
próprios.
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