quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Índios e movimentos Xingu vivo para sempre interditaram a BR-230 o objetivo é chamar a atenção das autoridades para o problema da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.


REPORTER: Thiago Slobosk
DATA: 28/10/2011

Na manhã de hoje povos indígenas e movimentos como anti-barragem e Xingu vivo para sempre, interditaram a rodovia que liga Altamira / Marabá, o objetivo é chamar a atenção das autoridades para as problemáticas enfrentadas na região Transamazônica e Xingu na tentativa de paralisar as obras da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

A interdição da rodovia teve inicio depois que um pedido de vista da desembargadora Maria do Carmo Cardoso adiou mais uma vez, na última quarta-feira, a decisão da Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região sobre a continuidade da construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. O julgamento teve empate, com um voto contra e outro a favor da usina. O tribunal analisa recurso do Ministério Público Federal no Pará contra decreto de 2005 do Congresso Nacional que autoriza a construção da usina. Os procuradores apontam pressa na aprovação da medida, o que teria impedido consultas obrigatórias às comunidades indígenas atingidas pela obra. Cerca de 700 pessoas entre cerca entre indígenas, ribeirinhos, pescadores, e integrantes de movimentos sociais ocuparam na madrugada de ontem o canteiro de obras da empresa CCBM que fica localizado no quilômetro 50, perto da comunidade conhecida como Santo Antônio com faixas e cartazes os manifestantes pedem o fim do projeto da construção da Usina. No trecho que estava bloqueado ninguém conseguia passar, o doutor Francisco Renée de Vitória do Xingu tentou cruzar a rodovia para pegar uma Ambulância que seria utilizada para dar apoio ao protesto mais impedido por um dos representantes dos movimentos.
  
Os indígenas durante a manifestação faziam apresentações, demonstrando que estavam dispostos a lutar pelos direitos dos nativos.


A manifestação foi pacífica, agentes da polícia Rodoviária Federal estiveram no local, para garantir que não houvessem alterações. Raimundo Braga é ribeirinho, pescador e fala das dificuldades já enfrentadas na região por causa do projeto da construção da Usina de Belo Monte.

Motoristas foram os principais afetados no bloqueio da rodovia, muitas famílias tinha que fazer a travessia a pé.


Lazaro Verçosa é representante do movimento Xingu Vivo para sempre, segundo ele os recursos utilizados para o protesto são recursos próprios.

Enquanto não houver acordo entre as autoridades e indígenas o protesto continuará por tempo indeterminado.


Nenhum comentário:

Postar um comentário